O objetivo é dar uma resposta mais rápida aos pacientes.
Maripá foi o primeiro município da 20ª Regional de Saúde de Toledo a utilizar o telediagnóstico em dermatologia. O sistema possibilita o diagnóstico à distância por meio do uso de um equipamento chamado dermatoscópio acoplado a um aparelho celular, no qual as fotografias são transmitidas por meio da internet para um médico especialista emitir um laudo.
Os primeiros exames foram iniciados na segunda quinzena de abril. Desde então, 17 usuários já foram avaliados por meio da estratégia. “Somente nestas primeiras avaliações, já identificamos um usuário com lesão altamente sugestiva de câncer de pele e encaminhamos para a referência de oncologia na região. Nos demais casos em que não há indicação de consulta presencial, o especialista sugere ao médico do posto de saúde possibilidades de tratamento”, explicou a enfermeira Lissa Carlina Haab Konrath Pegoraro.
Antes da implantação da teledermatologia, Maripá contava com 138 pessoas na fila de espera por uma consulta especializada. A partir de então, 41 pacientes foram selecionados para a teledermatologia e estão com a avaliação agendada para as próximas semanas; 80 deles não se enquadram neste sistema de avaliação e continuam na fila de espera; dez deles já foram avaliados e encaminhados para consulta presencial e os outros sete tiveram seus casos solucionados.
O objetivo é dar uma resposta mais rápida aos pacientes e possibilitar que casos simples de lesão de pele possam ser tratados no próprio município, evitando o encaminhamento para uma consulta presencial com dermatologista. “Este é um exemplo concreto de como a tecnologia pode ajudar a levar a saúde para mais perto das pessoas e prestar um atendimento com mais agilidade. Tivemos casos em que as pessoas aguardavam anos preocupados com uma mancha na pele que não era grave e outros que prontamente já foram encaminhados para um tratamento imediato”, explica a secretária, Adriana Scarparo.
O atendimento está sendo realizado pela enfermeira Lissa Carlina Haab Konrath Pegoraro, que passou por um treinamento para o uso do equipamento. “Estamos entrando em contato com os pacientes seguindo rigorosamente a lista de espera, com atendimento uma vez na semana. O paciente passa por atendimento com um médico aqui mesmo na unidade de saúde e depois realizamos as fotografias para encaminhar para a teleconsulta”, explica.
TELESSAÚDE – O Telessaúde é uma das estratégias existentes dentro do escopo da Saúde Digital, que utiliza recursos das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação para desenvolver serviços que promovam a integralidade e a continuidade da assistência e do cuidado em saúde entre todos os níveis de atenção no âmbito do Sistema Único de Saúde. Ações de telessaúde podem correr por meio de teleconsultoria síncrona e/ou assíncrona, teletriagem, teleconsulta, teleinterconsulta, telediagnóstico, telemonitoramento, teleorientação e teleducação.
O principal objetivo é promover a articulação entre a Atenção Primária à Saúde (APS) e Atenção Especializada (ambulatorial e hospitalar), para melhoria dos serviços de saúde e fortalecimento da Rede de Atenção à Saúde (RAS). Ele contribui para a resolubilidade da APS, promove a redução das filas de espera, dos custos, do tempo para atendimentos e diagnósticos especializados, diminui os deslocamentos de grandes distâncias geográficas, melhora a satisfação do usuário e a otimização dos recursos dentro do SUS.
No Paraná, o Núcleo Estadual de Telessaúde foi instituído pela Sesa, por meio da Resolução 1048/2019, e desde então articula e disponibiliza ações de Telessaúde.
Com informações da Agência de Notícias do Estado do Paraná – AEN/PR
