Pelo alto preço pago por Cristo na cruz deveríamos, como cristãos, no mínimo, andarmos de joelhos. Uma posição altamente incômoda, mas que, revelaria, a nossa eterna gratidão a Ele, por ter morrido em nosso lugar. Frente a um amor tão sacrificial, somente uma gratidão sacrificial! Precisamos entender que, servir a Deus, não é uma questão de religiosidade, mas de gratidão! Quem muito foi perdoado, muito ama!
O que Jesus fez por nós na cruz?
• Levou nossos pecados: Jesus foi punido por nossos pecados, mesmo não tendo cometido nenhum. Isso é conhecido como "substituição penal".
• Removeu a culpa: Ao levar nossos pecados, Jesus removeu a culpa que sentimos por causa de nossas ações erradas.
• Acabou com a condenação: Jesus também acabou com a condenação que pesa sobre nós por causa de nossos pecados.
Dito isso, a ideia de "andar de joelhos" é uma metáfora para expressar a gratidão e a humildade que devemos ter diante do sacrifício de Cristo na cruz em nosso lugar.
Há uma altivez religiosa no mundo evangélico que não tem motivos para isso, visto que, quem foi crucificado, foi o inocente divino, não nós. Somos sim, por adoção, filhos de Deus, mas não podemos esquecer que somos pobres e nus pecadores que necessitam constantemente da misericórdia do Altíssimo. Deveríamos sempre lembrar que, Cristo morreu pelos pecadores, dos quais, cada um de nós, era o principal! Logo, deveríamos ter um estilo de vida voltado a crucifixão.
Andar de joelhos, não nos deixaria esquecer que, foi por nós, que Jesus foi supliciado, moído e flagelado na cruz do Calvário. Vamos celebrar esse fato? Sim! Mas totalmente prostrados e quebrantados diante dEle. Ajoelhados e ajoelhar sempre deveria ser o nosso estilo de vida.
Andar de joelhos nas ruas, nas festas, em lugares públicos nos faria ser vistos com desdém e indiferença, e isso nos ensinaria o quanto Cristo foi rejeitado por causa dos nossos pecados.
Andar de joelhos, com o tempo, apareceriam feridas dolorosas, marcas profundas e cicatrizes horríveis em nosso corpo, revelando que as chagas nas mãos, nos pés e no peito de Cristo foram obtidas, não por acidente, mas por causa dos nossos pecados.
Andar de joelhos nos condicionaria olharmos o próximo de baixo para cima. Seríamos o menor de todos. Mas revelaria o quanto Cristo foi humilhado por nós, mesmo sem merecer, mesmo sendo Deus.
Andar de joelhos, com o tempo, mudaria o equilíbrio do corpo e seus movimentos, nos tornando palhaços aos olhos do mundo, mas isso declararia o quanto Cristo foi desconsiderado, rejeitado e banido do mundo dos vivos por causa dos nossos pecados.
Andar de joelhos nos aproximaria da sujeira e do lixo acumulado. Seriamos rejeitados porque, com o tempo, arrastaríamos os odores das imundícies em nossos corpos. Seríamos execrados e muitos fugiriam de nós para não se contaminarem. Então poderíamos apenas imaginar o quanto a santidade e a inocência de Cristo foram ignoradas por carregar o mau cheiro dos nossos pecados.
Andar de joelhos dificultaria o nosso relacionamento com o mundo. Ninguém nos daria emprego ou oportunidades porque seriamos um incômodo a todos. Isso nos faria lembrar o quanto Cristo foi penalizado e enxotado pelos homens, mesmo deixando sua glória celestial para vir morrer em nosso lugar.
Andar de joelhos permitiria nos igualar, apenas, da cintura para baixo, de quem encontrássemos. Aos olhos do outro, seríamos pessoas feias e repugnantes porque não teriam acesso a nossa face. Esta posição nos faria sentir na pele o quanto a sabedoria e a sensatez de Cristo foram desprezadas por causa dos nossos pecados.
Por fim, depois de autenticarmos a nossa imensa gratidão, andando de joelhos e termos um espírito totalmente quebrantado, teríamos condições de dizer ao mundo que, à coroa de espinhos que rasgou a fronte de Cristo, não era dele, mas nossa!
O sacrifício de Cristo foi um fato sem precedentes na história: um Deus santo morrer no lugar dos homens pecadores. Andar de joelhos nos diz que não temos absolutamente nada a pedir ou reivindicar, pelo contrário, sempre seremos eternos devedores face o grande amor de Deus por nós. Nem o tempo, nem as circunstâncias, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade substituem a gratidão do cristão por causa do sacrifício de Cristo na cruz do Calvário! Por isso, andar de joelhos, no peito e na alma, é o mínimo que deveríamos fazer, diante de uma morte tão cruel que ceifou o inocente de Deus. Deveríamos bradar em alto e bom som para todos ouvirem e saberem: Aquela cruz não era Dele, era minha!